terça-feira, 21 de agosto de 2007

Memorial Infância


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE GRADUAÇÃO – LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

Disciplina: Seminário Integrador IIB

Professor: Silvestre Novak


Memorial

Minha infância...

**Lua de cristal**






Aluna: Carina Fabiana Soares







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Lua de Cristal (Xuxa)


Tudo pode ser...
Se quiser será...
Sonho sempre vem,
Pra quem sonhar...

Tudo pode ser...
Só basta acreditar...
Tudo que tiver que ser, será...
Tudo que eu fizer...


Eu vou tentar melhor do que eu já fiz
Esteja o meu destino, onde estiver...
Eu vou buscar a sorte e ser feliz


Tudo que eu quiser,
O cara lá de cima vai me dar...
Me dar toda coragem que puder...
Que não me falte forças pra lutar...


Vamos com você,
nós somos invencíveis...
Pode crer...
Todos somos um
e juntos não existe mal nenhum...


Vamos com você,
Nós somos invencíveis...
Pode crer...


O sonho está no ar...
O amor me faz cantar...


Lua de cristal, que me faz sonhar...
Faz de mim estrela que eu já sei brilhar...
Lua de cristal, nova de paixão...
Faz da minha vida, cheia de emoção...


Tudo que eu fizer...
Eu vou tentar melhor do que eu já fiz
Esteja o meu destino, onde estiver...
Eu vou buscar a sorte e ser feliz


Tudo que eu quiser,
o cara lá de cima vai me dar...
Me dar toda coragem que puder...
Que não me falte forças pra lutar...


Vamos com você, nós somos invencíveis...
Pode crer...
Todos somos um e juntos não existe mal nenhum...


Vamos com você, nós somos invencíveis...
Pode crer...
O sonho está no ar...
O amor me faz cantar...


Lua de cristal, que me faz sonhar...
Faz de mim estrela que eu já sei brilhar...
Lua de cristal, nova de paixão...
Faz da minha vida, cheia de emoção...


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É com esta música que inicio a apresentação da minha infância...

Através deste trabalho que foi proposto, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre mim mesma, e entender a minha personalidade, já que é na infância que as principais estruturas da personalidade se formam...
O período a ser contemplado neste trabalho vai desde meu nascimento até 10 anos de idade... de 1986 à 1996.

Realizando as entrevistas...

Para construção deste memorial, contei com a ajuda de três informantes-chave:

*Maria Lúcia da Silva Soares, minha mãe, 55 anos, aposentada, costureira, viúva, mora comigo...

*Fernanda Gisele Soares, Minha irmã, 26 anos, professora, solteira, não mora conosco...

*Liane Soares, minha professora da 1ª série, 53 anos, ainda leciona com alfabetização até hoje na escola em que estudei.

Na realidade a entrevista, não foi bem uma entrevista... foi mais uma conversa muito espontânea e divertida com pessoas que eu amo muito!
Fiz um roteiro de perguntas para servirem como ponto de partida, mas os assuntos foram surgindo e muita coisa acabou sendo relatada apenas por lembranças que ia vindo a tona na mente das pessoas:
*No geral, como lembra da minha infância?
*Eu era uma criança feliz?
*Como me relacionava com os amigos e parentes?
*Quando comecei a andar? A falar? O primeiro dente?
*Como foi a gravidez?
*Como foi a escolha do nome?
*Quem eram as pessoas que eu me apegava mais?
*Quais brincadeiras gostava de fazer?
*Como foi a entrada na escola?
*Como era o relacionamento dentro da escola?
*Como ocorreu a alfabetização?
*Quais eram os meus planos para quando crescesse?
*Que atividades e brinquedos que eu mais gostava?
*Quais as travessuras que realizei?
*Que características daquela época você ainda vê hoje em mim?

Todos os três entrevistados ficaram muito felizes em contribuir para a construção deste trabalho, e cada qual queria ajudar mais...responderam a todas as questões, e complementaram com grande riqueza de detalhes toda a minha história. Durante as entrevistas, busquei meus álbuns de fotografias para tentar ativar alguma lembrança que pudesse estar “escondida”, e que ao olhar a foto, fosse reativada, e isso foi muito interessante, porque realmente funcionou desta forma.
Além desses informantes-chave, cheguei a conversar informalmente com alguns parentes e amigos sobre a realização deste trabalho, e eles espontaneamente foram dizendo alguns episódios que presenciaram. Todas as pessoas ao saberem desta proposta se prontificaram a contribuir, incluindo em churrascos de domingo com a família, este assunto foi a pauta da almoço!




**Lua de Cristal**


Durante as entrevistas, foi-me relatado o amor que tinha por essa música, que sei de cor até hoje... Foi uma música que tive que apresentar na escola, e sempre cantava e dançava, com toda uma coreografia especial... Hoje, ao olhar pra esta música, me emociono, pois vejo como esta letra significa muita coisa pra mim até hoje! Cada pedacinho dela é cheia de significado! Por isso, tomarei ela como base para reviver a minha infância...


“Tudo pode ser...Se quiser será...O sonho sempre vem, Pra quem sonhar...Tudo pode ser...Só basta acreditar...Tudo que tiver que ser, será...”

Minha mãe e meu pai já estavam casados há 10 anos, e já tinham uma filha chamada Fernanda. Minha irmã Fernanda sempre sonhou em ter uma irmã para poder brincar, como quase todo filho único. Até que, quando a Fernanda tinha 6 anos, minha mãe engravidou! Agravidez não foi muito tranqüila, minha mãe começou a sofrer de pressão alta, e a gravidez era de risco. Mas graças a Deus, tudo deu certo, e no dia 24 de fevereiro de 1986, nasceu uma menininha muito linda, pesando 2,500 kg e 46 cm de comprimento. Meu pai deixou minha irmã na casa da minha futura madrinha e levou minha mãe para o hospital Conceição, em Porto Alegre. Chegando lá, como se tratava de uma cesariana, o médico pediu para que meu pai fosse tranqüilo para casa, pois não haveria perigo de eu nascer naquela noite, e no outro dia ele teria que estar bem descansado, além do mais eu estava deitada na barriga da mamãe! Então meu pai foi para casa, só a apressadinha aqui, não estava muito afim de esperar, e lá pelas 10 horas da noite, resolvi não dar mais sossego para minha mãe, queria conhecer o mundo de uma vez por todas!!! Como na época a comunicação era muito difícil, meu pai só ficou sabendo que já era papai no outro dia, logo cedinho, quando chegou no hospital! Eu era uma criancinha bem pequenina, cheia de cabelos, bem pretinhos, e saudável... Porém, nasci com uma diferença de 2 cm na perna direita. Já era muito pequena, e ainda tinha uma perna mais curta que a outra! Os médicos não deram chances, disseram que não existia tratamento para que apenas uma das pernas crescesse. Todos da família ficaram preocupados, já que o diagnóstico dizia que o prazo para que elas “emparelhassem” era de um ano, salientando bem que não havia tratamento e que era quase impossível isso ocorrer, caso contrário, teria que passar por cirurgias periódicas para colocar “pinos” na perna, me auxiliar com muletas, etc. Mas minha família sempre foi muito religiosa, então todos entraram em corrente de oração, e, para o espanto de todos os médicos, em 6 meses cresceu 1 cm, e nos outros 6 meses, o outro centímetro que faltava! Estava curada! Tudo pode ser...Só basta acreditar...Tudo que tiver que ser, será...”
"Tudo o que fizer... eu vou tentar melhor do que já fiz..."
Bom, logo que nasci, minha irmã já começou a reclamar e dizer:
- Ah, mãe! Eu queria uma irmãzinha, mas não que chorasse tanto assim!!!
Sofri de muitas cólicas e dengos também! Chorava bastante... (característica ainda hoje presente em minha vida)
Minha madrinha saía de minha casa chorando dizendo:
-Ai meu Deus! Tadinha, tão pequeninha, não vai se criar!
Mas para desaponto ou felicidade de todos, cá estou eu! Meu nome foi escolhido pela minha irmã, que tinha uma sandália chamada Karina, então resolveram colocar meu nome assim também. Só que ao chegar no cartório, o escrivão não deixou que fosse com K, por isso tive que ser registrada com C, que por sinal, particularmente, acho mais bonito!
Meus padrinhos foram escolhidos: Geni e Eli, sendo que Geni é irmã de minha mãe, e fui batizada na Igreja matriz de Glorinha, em maio! São dois anjos em minha vida ate´ hoje!
Com 6 meses, eu já tinha dois dentinhos à mostra, e ria para todo mundo!
Com um ano já falava alguma coisa, como mamãe e papai! E com 1 ano e 3 meses já conseguia dar vários passinhos!
Meus aniversários sempre tiveram festa, com direito a muitos primos para brincar! E no primeiro aninho, não foi diferente!
Era uma criança bem comportada, não fazia tantas travessuras! Adorava brincar no meio da natureza, pois como nasci e me criei no interior de Glorinha, sempre fui muito amiga dos animais e da natureza! Adorava brincar de balanço, de perna-de-pau de taquaras, comer cana-de-açucar, andar a cavalo, tomar banho de açude e pescar lambaris. Também o laço foi um esporte que tive contato sempre... meu pai participava do Piquete Irmãos Soares, composto por ele e seus irmãos, sempre iam a rodeis e ganharam muitos troféis.

Sempre fui muito apegada com meus primos, mas principalmente com meu pai, o que explica muito bem o meu abalo com a sua perda há 3 anos. Quando chegava o verão, alguns pedaços da família se juntavam, já que se trata de uma família muito grande, e alugávamos uma casa na praia. Eu sempre tive muito medo do mar, mas era como uma patinha, não queria sair da água!!! Por isso, meu pai me acompanhava até os dedinhos ficarem irrugados dentro do mar!
Quando tinha 5 anos entrei para a escola. Minha irmã já estudava nesta escola, então eu ia com ela, sei minha adaptação não foi fácil! Chorava muito, muito, muito, e muitas vezes tinha que ir pra sala da mana, que já estava bem grandinha! Mas consegui completar o jardim! Quando chegou a vez do pré, o horário mudou, ia sozinha para a escola, e sempre tinha que contar com a ajuda de alguém para subir e descer do ônibus, pois minhas pernas eram muito curtinhas, e eu não alcançava no degrau, mas como em cidade do interior todo mundo se conhece, não faltavam pessoas prontas para ajudar! Só que a pré-escola foi mais complicada, tive que trocar de turno, e freqüentar o jardim novamente, porque chorava muito, me sentia muito só, então passei um tempo realizando as atividades de pré-escola, na sala de aula do jardim, que era na parte da tarde, e assim eu poderia ver a minha irmã, na hora que quisesse. Mas no segundo semestre do ano já estava bem adaptada e voltei para a minha turma de pré! No final do ano, fui aia de um casamento, com um coleguinha meu chamado Daneil, que fazia a viagem da casa para a escola junto comigo, e é meu amigo até hoje! Esse fato eu nunca esqueci, pois entrar na igreja foi uma coisa muito legal, que eu adorei! Aos 6 anos, me formei na pré-escola, minha primeira formatura!
Ao entrar na primeira série, já estava bem mais calma! Tive uma alfabetização bem rápida, sem muitas dificuldades! Adorava ir à aula! Um episódio que me marcou muito foi o seguinte: um dia, eu estava com muita vontade de ir ao banheiro, e quando ia levantar o dedo pra pedir, um colega pediu, só que como ele estava bagunçando, a professora falou bem grosso com ele, e eu acabei ficando com vergonha de pedir, aí... como vocês imaginam... lavei minha cadeira! Então a prô me chamou, pegou roupas emprestadas com uma menina que morava na frente da escola, conversou comigo, eu chorei... mas sobrevivi! Hoje já passei por várias situações dessas em sala de aula com meus alunos, e esse dia me vem à cabeça, como se fosse hoje! Neste processo de alfabetização, lembro que adorava escrever meu nome, e também lembro perfeitamente da idéia que eu tinha sobre o escrever espelhado, eu pensava quando tinha que escrever alguma coisa da esquerda pra direita, e tivesse um o ‘obstáculo’, como um desenho por exemplo:
“- Bom, se começar a escrever de lá pra cá, eu vou usar o espaço certinho que precisa, não vai faltar, nem sobrar o espaço!”
Isso é outra lembrança que tenho muito nítida em minhas recordações!


"Tudo que eu quiser, o cara lá de cima vai me dar...Me dar toda coragem que puder...Que não me falte forças pra lutar..."

Segundo os relatos de meus informantes, sempre tive uma idéia fixa sobre a profissão que queria seguir! O magistério sempre foi meu objetivo, como podemos observar no meu trabalhinho da cartilha! Lembro que gostava bastante também de brincar falando... falava, falava, dava aulinhas pra alunos imaginários! E hoje estou aqui, tentando me firmar neste sonho!
Aos nove anos tive um dos principais traumas da minha vida: minha primeira perda familiar. Irmã do meu pai, a tia Celi! Ela descobriu que estava com câncer na garganta, e pouco tempo de vida restou a ela. Os irmãos faziam revezamento para cuidar dela, mas não adiantou, logo ela se foi. Lembro muito bem da cena do meu pai chegando em casa, sem nenhuma palavra, apenas sentou no sofá e chorou, chorou e chorou! Isso ficou muito marcado em mim, a primeira vez que vi meu pai desesperado. Mal sabíamos as coisas que estavam por vir na nossa família... Mas temos muita força pra lutar!

Linha de tempo...


Fatos da minha vida * fatos históricos importantes


24.02.1986 - Meu nascimento * A Texas Air compra a Eastern Airlines (Estados Unidos), Posse do Desembargador João Miranda Sobrinho no Tribunal de Justiça do Maranhão(no mês de fevereiro de 1986, foi o príodo em que o cometa Halley apareceu com mais intensidade aqui na Terra)
05.1986 - Meu batizado * Fundação da Federação Portuguesa de Aeromodelismo
08.1986 - já com dois dentinhos
12.1986 - formatura da minha irmã na pré-escola
24.02.1987 - meu aniversário de 1 aninho/ primeiros passos
05.1987 - primeiras palavras
03.1991- minha entrada para a escola * convenção para proteção de espécies migratórias de animais selvagens entra em vigor na Arábia (Em 1990, Fim do Apartheid)
10.1992- participação como aia em um casamento
12.1992 - minha formatura da pré-escola * Nasa lança missão espacial STS-53 (retorna em 09/12/1992)/ Fundação da Sociedade Brasileira de Biomecânica
06.1993 - formatura da minha prima na faculdade
12.1994 - Primeira comunhão da minha irmã
05 .1995 - bodas de ouro de meus avós * Fundação da Rede Direitos Humanos e Cultura
10.1995 - falecimento de minha tia Celi. *(Em novembro de 1995 ocorreu a queda do muro de Berlin)


Meu álbum:
no dia do Batizado...
No batizado,a foto não ficou muito bem tirada, mas era pra ter saído, minha mãe, meu pai, minha madrinha(que está me segurando) e meu padrinho.


Com 10 meses

Festa de 1 aninho

Lembrança do Meu 1º aninho

1 ano e 2 meses
Praia, com 2 anos e meio

Eu, meu avô e minha irmã





Eu...
Meu aniversário de 4 anos
Eu...



Eu e Daniel, no casamento da Janice
Piquete Irmãos Soares

Formatura da Pré-escola

Festinha da formatura

Formatura da minha prima Naira da UNISINOS

Bodas de ouro dos meua avós

Trabalhinho de dia das mães de 1995

Primeiras produções textuais, retiradas da cartilha:

o carro de corrida

O carro de corrida corre muito. Ele corre na pista. O nome do Piloto é Airton Sena. O carro de corrida é o número oito (8). Ele é todo corido *colorido*. O carro número oito ganhou a corrida. Airton Sena é fãtastico *fantastico*.


O jacaré eo Dedé

O jacaré estava nadando no lago. Rezouveu levantar a cebça. Emtão levantou a cabeça com a boca aberta de frente para o Dedé. Dedé estava tão assustado que caiu do mocho. Dias depois o jacaré saiu do lago. Dedé quando viu aquilo depressa emtrou para o carro ligou a chave e colocou no maximo.


Observem o desenho de o que eu queria ser quando crescesse...

“Vamos com você, nós somos invencíveis... Pode crer...Todos somos um e juntos não existe mal nenhum...O sonho esta no ar... O amor me faz cantar...”



Ao terminar este memorial, concluo que as minhas histórias estavam bem presentes nas lembranças dos meus amigos e familiares, e fizeram com que eu também refletisse sobre meu passado e meu futuro, mas principalmente sobre o presente, sobre quem sou, sobre a infância muito diferente que meus alunos têm... Todos os entrevistados afirmaram alguns pontos que conseguem observar em mim ainda hoje, como a carência, a necessidade de ter alguém sempre junto,o companheirismo, os choros, a sensibilidade, a teimosia, mas principalmente a vontade de seguir carreira na área da educação... por isso eu apenas peço...



"Lua de cristal, que me faz sonhar...Faz de mim estrela que, eu já sei brilhar...Lua de cristal, nova de paixão...Faz da NOSSA vida, cheia de emoção... "

quarta-feira, 13 de junho de 2007

O Semeador de Estrelas

"...Toda vez que uma estrela se apagar no céu é porque um homem brilhou na Terra..."

Certa noite, um homem já cansado de meditar, à procura de sua missão, olhou para o céu e foi surpreendido pelo brilho incandescente de uma estrela cadente. Ficou perplexo diante da imensidão do cosmo com suas cintilantes estrelas e, distraidamente começou a contá-las por todos os cantos do céu, até se cansar. Na noite seguinte, lá estava ele novamente a contar estrelas...
Depois de muito tempo, aquele homem conhecia o céu, as estrelas e o movimento da esfera celeste como a palma de sua mão.
Essas experiências o levaram a uma grande descoberta que, acreditava ela, iria revolucionar o mundo. Ninguém, ninguém mesmo jamais teria ousado tanto: vasculhar as fronteiras do universo!
Todas as vezes que ele contava as estrelas, sempre faltava uma. A esta descoberta ele chamou de fenômeno do (x-1). Assim, maravilhado com seu achado, ele decidiu percorrer o mundo para compartilhar suas experiências.
Durante sete anos, ele realixou 778-1 palestras para milhões de pesoas. Recolheu informações, analisou e comparou os resultados e, para sua grande decepção, encontrou inúmeras descobertas onde as pessoas relatavam o mesmo fenômeno do (x-1).
O homem voltou-se para dentro de si mesmo e começou a meditas novamente sobre sua missão:
"Se x representar a projeção de cada pessoa no céu, então eu sou o (-1). Eu não pertenço ao céu, mas sim à Terra."
Novamente esta conclusão o deixou angustiado:
"Se eu não estou brilhando lá no céu, será que estou brilhando ao cumprir minha missão aqui na Terra?"
Todas as vezes que alguém contar estrelas, sempre estará faltando uma, para indicar a essa pessoa que a essência desta estrela está pulsando dentro do seu coração, em forma de vida manifesta. É preciso reconhecê-la interiormente e colocar em ação todo o seu potencial, para nos transformarmos em um lindo sol, projetando luz de Amoe e Sabedoria em cada recanto onde predomine a escuridão da ignorância humana. Com isso, o reflexo da verdadeira estrela se restabelecerá no céu.
Assim, aquele homem que deixou de contar estrelas e sonhar, tornou-se um Semeador de Estrelas. Com os pés no chão, fez do seu sonho uma realidade. A partir de então, sempre que via uma estrela caindo em direção à Terra, ele sabia que alguém estava tomando consciência de sua missão.
Afinal, menos uma estrela a brilhar no céu significa mais uma pessoa a se iluminar na Terra, e assim sucessivamente. É o jogo das polaridades e da dinâmica dos números. Como bem disse Galileu Galilei, um célebre contador e semeador de estrelas:"A matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o universo."
Quem dera chover estrelas! E que sejam infinitas!
*Namastê !
Prof. Henrique José de Suoza
*Namastê em Sânscrito, significa: " O Deus que habita em mim saúda o Deus que habita em
você".
Texto extraído do livro:
O Semador de Estrelas
Autor: Dirceu Moreira

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Para Pensar...

"Como o Ser Humano um dia fez uma pergunta sobre si mesmo, tornou-se o mais inteligível dos seres."
Clarice Lispector

Para Pensar...

"Não se pode ensinar nada a um homem. Pode-se apenas encontrar a resposta dentro dele mesmo."

quinta-feira, 12 de abril de 2007